Reflexão de Jó II

Tantos com pouco, poucos com tanto,
Parece ser a vida tão natural e justa?
O que o humano nela busca me assusta,
Não é justo tantos na dor, no pranto!

Tantos loucos, com frio, sem um manto,
Mal conseguem manter a pele, muito custa,
Tanto é o (des)amor que o coração frustra,
Atingidos pela inveja, por estranho quebranto!

O que faz com os que a tua volta pulam?
São insignificantes pulgas por ti preteridas,
Repele cada um como doença maligna?

Não tapes os ouvidos pelos que ululam,
Estende a mão amiga, limpa-lhes as feridas,
Faça-os sentir gente, gente de alma digna!
Geraldo Mattozo
Enviado por Geraldo Mattozo em 28/05/2010
Reeditado em 23/12/2016
Código do texto: T2285387
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.