Suplício
Doce loucura, num pranto matiz;
E neste malferido vis-à-vis.
Minh’alma sente o frio;
Deste devaneio tardio.
No amargor da realidade;
Aberta a chaga da vaidade.
Um ato néscio, mas eterno;
Que me condena ao inferno.
Nas brumas do pensamento;
Recordo-me do momento.
Do arrependimento sombrio;
Do melancólico calafrio.
Pérfida lucidez
Desta louca absurdez.