MANHÃ

LEVANTO-ME cedo

como o crepúsculo rotineiro.

Miro-me a janela

como a donzela ao espelho.

Aquela luz forte e perpendicular

bate calma e tênue em meu rosto

como o orvalho terno, viçoso

as plantas a acarinhar.

Sinto-me tonto e inebriado

de presenciar tal fato. Com encanto

e arroubo teço um laudo:

Fenômeno frugal e no afã

meus sentidos drapejam

com a chegada da manhã.

Wagner Marim
Enviado por Wagner Marim em 28/05/2010
Reeditado em 28/05/2010
Código do texto: T2284370
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