Maldita
Alma irreconhecível de tão perdida
Rosto sorrindo pra um desafeto bobo
Apenas vê graça em jogá-lo para lobo
Não volta, fácil em demasia, a sua vida
Conta ao vento sua desgraça, oh, maldita!
– Mas risadas em minha mente afligem
– farei dessa gente verdade e fuligem
Não sustente troça de pessoa restrita
– Pois, então, sim! Terei verdades a dizer
Canta ao vento sua crueldade, oh, maldita
– E que sintam, vejam, chorem todo sofrer
Não vê seu abismo, agora, irreversível?
– Até sem meu abismo, sem volta vai ser
Fique, oh, maldita, com seu fim indizível.