Maldita

Alma irreconhecível de tão perdida

Rosto sorrindo pra um desafeto bobo

Apenas vê graça em jogá-lo para lobo

Não volta, fácil em demasia, a sua vida

Conta ao vento sua desgraça, oh, maldita!

– Mas risadas em minha mente afligem

– farei dessa gente verdade e fuligem

Não sustente troça de pessoa restrita

– Pois, então, sim! Terei verdades a dizer

Canta ao vento sua crueldade, oh, maldita

– E que sintam, vejam, chorem todo sofrer

Não vê seu abismo, agora, irreversível?

– Até sem meu abismo, sem volta vai ser

Fique, oh, maldita, com seu fim indizível.

Eduarda Daibert
Enviado por Eduarda Daibert em 28/05/2010
Código do texto: T2284294
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