MAGOADA

Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco)

É triste, ver-te assim magoada

comigo, sem saber qual o motivo

falta-me ânimo, perco lenitivo,

fico perdido sem saber de nada.

O teu olhar risonho, hoje tenso

com o meu olhar fez que quase parasse,

pelos vazios do lugar vagasse

prisioneiro de um sofrer propenso.

Quando te vejo a sorrir, feliz,

felicidade tua minha fiz,

só não assumo a tua beleza.

E nessa mágoa sem ter a razão

permito ao meu pobre coração

compartilhar de uma vã tristeza.

(3o. pág. 28)

Carlos Celso
Enviado por Carlos Celso em 27/05/2010
Reeditado em 05/12/2020
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