E não me falem nem de amor, nem de saudade.
Deixei os sonhos, sim, parti sem ver mais nada;
atravessei o frio sem luz da madrugada,
ferida à morte... Cai a sombra, e vem, invade,
apaga tudo, qual tormenta desvairada.
Não há lugar, não sei de um canto onde a verdade
seja de fato a voz mais forte, a que mais brade,
e saiba o mundo:―Já cansei dessa enrascada.
Cruéis lembranças, más e torpes criaturas,
tento afastá-las, só com meus recursos fracos,
mas mal refugo o mal das pragas vis, impuras...
As consequências vêm potentes e destaco
que não vislumbro lá no céu qualquer ventura,
pois prisioneira sou, de um mundo sempre opaco.
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