Gume

Vivemos no horror de uma sociedade falida

A população em coro, num único queixume,

Da violência que se impõe, a todos temida,

E segurança é assunto que niguém assume

Encurralados, que aqui estamos, sem saída

E na jornada ao labor, faca mostra o gume,

Os ímpios que nos zombam de face exibida,

E resspingam aos justos seu torpe estrume

Deus! Onde está a nossa terra mias garrida

Que nos afoga em um oceano de chourume

Ao invés do límpido regato em água plácida

Não temos campos, bosques e terra florida,

Não há beleza que se imponha ao negrume,

Braço forte da justiça, dai a terra pometida

Valdívio de Oliveira Correia Júnior, 26/05/10

Caros leitores, fiz este soneto depois de ter

sofrido um assalto a mão armada, cercado

por três marginais, onde o gume de suas fa-

cas roçavam meu abdômen até levarem os

meus pertences, felizmente, escapei ileso...

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 26/05/2010
Reeditado em 29/05/2010
Código do texto: T2281815
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.