Q U E M ? (soneto livre)

QUEM?

QUEM – NO LIVRE ARBÍTRIO DOS SEUS SONHOS

DE FEMÍNEA ALMA CARENTE, NÃO VÊ CARÍCIAS;

QUEM SERÁ INGÊNUO O BASTANTE PARA NÃO VER MALÍCIAS;

QUEM HÁ DE, NO AFAGO DO FOGO DOS TEUS OLHOS?

QUEM, NO AUGUSTO E PLENO USO DA POTENCIALIDADE

NO ROSEIRAL EM MEIO, DO TEU BREJEIRO SORRISO,

NÃO CANTE A PAIXÃO ARDOSA E SINTA O PARAÍSO

– HÚMIL – GENUFLECTO AOS PÉS DA FELICIDADE.

NÃO HÁ MÍSTICA MORAL AUDAZ; NÃO HÁ TÉCNICA;

FACULDADE HUMANA, NÃO, NÃO HÁ, NEM ÉTNICA

CAPAZ DE AFASTAR ESSA OBSESSA IDOLATRIA.

MESMO QUE EM DIARÉIA MENTAL, JÁ MORIBUNDO,

JAZA MEU CONSCIENTE EM COMA ETERNO E PROFUNDO,

NA ALMA, INDA ASSIM, VIVE INCONTIDA, A FANTASIA.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 26/05/2010
Reeditado em 30/05/2010
Código do texto: T2281253
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