Q U E M ? (soneto livre)
QUEM?
QUEM – NO LIVRE ARBÍTRIO DOS SEUS SONHOS
DE FEMÍNEA ALMA CARENTE, NÃO VÊ CARÍCIAS;
QUEM SERÁ INGÊNUO O BASTANTE PARA NÃO VER MALÍCIAS;
QUEM HÁ DE, NO AFAGO DO FOGO DOS TEUS OLHOS?
QUEM, NO AUGUSTO E PLENO USO DA POTENCIALIDADE
NO ROSEIRAL EM MEIO, DO TEU BREJEIRO SORRISO,
NÃO CANTE A PAIXÃO ARDOSA E SINTA O PARAÍSO
– HÚMIL – GENUFLECTO AOS PÉS DA FELICIDADE.
NÃO HÁ MÍSTICA MORAL AUDAZ; NÃO HÁ TÉCNICA;
FACULDADE HUMANA, NÃO, NÃO HÁ, NEM ÉTNICA
CAPAZ DE AFASTAR ESSA OBSESSA IDOLATRIA.
MESMO QUE EM DIARÉIA MENTAL, JÁ MORIBUNDO,
JAZA MEU CONSCIENTE EM COMA ETERNO E PROFUNDO,
NA ALMA, INDA ASSIM, VIVE INCONTIDA, A FANTASIA.