ALMA NUA
Odir, de passagem
Despi minh’alma na nudez dos versos
e doei o meu corpo aos sentimentos,
sentimentos nos sonhos submersos,
versos versados em meus sofrimentos.
Dos versos me despi. Foram dispersos
nas veleidades místicas dos ventos.
Meus sentimentos, hoje controversos,
pousam perfídias nos meus pensamentos.
De corpo e alma me doei aos medos,
fragilizando a vida. Mesmo assim,
fui confesso demais dos meus segredos.
Hoje volto pros sonhos de onde vim,
com meus versos sem sensos, arremedos
do poeta do amor que havia em mim!
JPessoa, 25.05.10
Odir, de passagem
Despi minh’alma na nudez dos versos
e doei o meu corpo aos sentimentos,
sentimentos nos sonhos submersos,
versos versados em meus sofrimentos.
Dos versos me despi. Foram dispersos
nas veleidades místicas dos ventos.
Meus sentimentos, hoje controversos,
pousam perfídias nos meus pensamentos.
De corpo e alma me doei aos medos,
fragilizando a vida. Mesmo assim,
fui confesso demais dos meus segredos.
Hoje volto pros sonhos de onde vim,
com meus versos sem sensos, arremedos
do poeta do amor que havia em mim!
JPessoa, 25.05.10