soneto pós-moderno pragmático
a quem pertence o mar?
a quem pertence o medo?
quem é que ocupa o trono
onde estão todos-todos todos mesmo!-os sonhos?
(tudo que digo desliza
entre o silencio e a dúvida
tudo que faço resvala
na mesquinha concretude e na impossibilidade pratica)
e assim os desejos se debatem
nesta pandora nesta armadilha de ossos
músculos vísceras idéias e preguiça
só aqui o socialismo resiste e desabrocha
o mar o medo a alegria a morte a inércia os pesadelos
não têm dono são todos-igualmente-nossos