Imaginação sem juízo
Imaginação sem juízo
O requebrar das águas nas pedras pontiagudas do rio
Abraçando sensual cada reentrância encontrada
Parece tuas mãos percorrendo minha pele suada
Sob olhar atento d’um pássaro errante e vadio
O barulho do vento beijando as palmeiras esguio
Contornando-a inteira, sôfrego, com lascívia risada
Tal qual teus lábios no meu corpo na madrugada
Tendo o luar prateando a alcova de linho macio
Imagens que refletem a paixão que desperta
Num pincelar de ponteiros das horas incertas
No ilusório mundo da imaginação sem juízo...
O retorno para a realidade, enfática declino
Pois entre as pérolas de um viver clandestino
Desfilo entre as sombras envolventes do paraíso
Norma Bárbara