Imaginação sem juízo

Imaginação sem juízo

O requebrar das águas nas pedras pontiagudas do rio

Abraçando sensual cada reentrância encontrada

Parece tuas mãos percorrendo minha pele suada

Sob olhar atento d’um pássaro errante e vadio

O barulho do vento beijando as palmeiras esguio

Contornando-a inteira, sôfrego, com lascívia risada

Tal qual teus lábios no meu corpo na madrugada

Tendo o luar prateando a alcova de linho macio

Imagens que refletem a paixão que desperta

Num pincelar de ponteiros das horas incertas

No ilusório mundo da imaginação sem juízo...

O retorno para a realidade, enfática declino

Pois entre as pérolas de um viver clandestino

Desfilo entre as sombras envolventes do paraíso

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 24/05/2010
Código do texto: T2276970
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