Hora sacra
A tempestade amaina e a fina chuva cai,
o sol retorna lento e a tarde se declina,
a brisa, sem cessar, batendo na colina,
murmura uma canção, que mais parece um ai.
Toda tormenta finda e o vento se retrai,
e contra a luz se vê a chuva calma e fina,
distante e tão sozinho o canarinho trina,
soltando, com fulgor, um canto que se esvai.
Por sobre o largo rio encantos mil se vê,
canoas que se vão, um belo pé de ipê,
um arco-íris que, rasgando o céu, relume.
No ar se tem então o mais sutil perfume,
a mais bela poesia, e acetinado lume,
trazendo para mim saudades de você.
Edir
A tempestade amaina e a fina chuva cai,
o sol retorna lento e a tarde se declina,
a brisa, sem cessar, batendo na colina,
murmura uma canção, que mais parece um ai.
Toda tormenta finda e o vento se retrai,
e contra a luz se vê a chuva calma e fina,
distante e tão sozinho o canarinho trina,
soltando, com fulgor, um canto que se esvai.
Por sobre o largo rio encantos mil se vê,
canoas que se vão, um belo pé de ipê,
um arco-íris que, rasgando o céu, relume.
No ar se tem então o mais sutil perfume,
a mais bela poesia, e acetinado lume,
trazendo para mim saudades de você.
Edir