E deste lindo sonho nunca despertar...
Nem descerrar jamais seus véus de tons lilases,
Catalisar suaves brumas tão fugazes,
De seus etéreos braços nunca desertar!
Sonhar! Perder-se entre estrelas fugidias...
E mergulhar sem medo no sidéreo espaço,
Vagar ao léu, pisando nuvens alvadias,
E não sentir no imo dor, qualquer cansaço!
Sonhar! Sentir-se mais feliz, bem mais risonho...
Cardar a dor e novo amor, enfim, urdir...
Com fios dourados nova vida então tecer...
Deixar-se ir além! Buscar bem mais que o sonho!
E da matéria, para sempre, se evadir...
Tornar-se o sonho! O próprio sonho vir a ser...
Edir