E deste lindo sonho nunca despertar...
Nem descerrar jamais seus véus de tons lilases,
Catalisar suaves brumas tão fugazes,
De seus etéreos braços nunca desertar!

Sonhar! Perder-se entre estrelas fugidias...
E mergulhar sem medo no sidéreo espaço,
Vagar ao léu, pisando nuvens alvadias,
E não sentir no imo dor, qualquer cansaço!

Sonhar! Sentir-se mais feliz, bem mais risonho...
Cardar a dor e novo amor, enfim, urdir...
Com fios dourados nova vida então tecer...

Deixar-se ir além! Buscar bem mais que o sonho!
E da matéria, para sempre, se evadir...
Tornar-se o sonho! O próprio sonho vir a ser...

Edir
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 24/05/2010
Código do texto: T2275811
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