Alma entoada

Num tropel de emoções é aonde me encontro

Entoando certos ninares à euforia de meu fluído

Sabendo da barreira de fogo dos assombros

Corto-me ! Tentando do meu núcleo arrancar esse ruído

A calma, de quando usufruo do veneno me toma,

Onde repousam os sábios

Fico além de tudo exato, vivo, sereno

Quando me dou aos seus lábios

Me consuma ! Não tenho escolha

Ao veneno, é entregue a vida

Que a muito, já é sua

Lava-me ! Cria em mim toda a puridão venenosa

A canção da Vida, que se cria na eternidade

Que toma a carne crua !