OBSCURO
Sombras lascivas, retorcidas.
Enroscando-se... Ondeia
Em reflexos de figuras distorcidas
Zigue zagueando esbraseia.
Na moldura carcomida
Vai apagando-se a candeia
Onde exponho minha vida
Emaranhando-me nessa teia.
Sonhos enevoantes
Esgueiram-se em multiformas a soabrir
Deixando rastros de luz estonteantes.
A dor sobre-humana a ferir.
Nos extertores grotescos da razão
Sou um caso sem solução.
Ananindeua, 25/03/07 - 23h29