Soneto nº 09

(Iguais)

O teu corpo igual ao meu

Não impede o meu querer

Não obsta o meu desejo

Nem corrompe o meu prazer.

Tua mão quando me toca

Faz-me rápido esquecer

Dos meus medos e anseios

E me entregando a você.

Sem mais medo, eu me rendo ao prazer

E me deixo, em teus braços me envolver

Com intensa volúpia e energia febrilante.

Nossos corpos, numa dança se combinam

Se conhecem, se espelham e se encaixam

E se entrelaçam numa dança extasiante.

Para Miguel e Diego