soneto incondicional
quem dera não fosse
espinho ou pedra seu nome
e a cruz somente rosa
iluminando a volta
quem dera o perdão
não doesse pois desnecessário
e a visão ficasse
sem a sombra da foice
quem dera não durasse
esse resíduo da escolha
e a liberdade transbordando
suprimisse a fome quem
dera o verbo se refazendo e a luz fosse
o unico idioma