Soneto de verão
O sol já mostra em mais em dia quente
Que nos raios de mistério pela a alvorada
O novo dia chega vivo como a passarada
Que já se abriga às sombras do lugar ardente
Durante o dia abrasador, a nuvem que não vejo
Ficou retida na lembrança seca daquele riacho
Sob gravetos procurando verde, e tudo que acho
São esperanças no olhar do velho sertanejo
Porém tão natural as belas frutas, belos pomares
A estação mais quente, mais cheia de amores
É quando a bela moça passa ironizando olhares
Corta o tecido, quanto calor a estação das cores!
São árduos os beijos nas colinas, noutros lares...
Verão tão belo e doce como a nudez das flores