Chuva e tempestade

Sob a chuva eu disse-lhe – “Eu vou te deixar”

Hoje eu não podia estar mais arrependido

Mas até agora eu não havia percebido

O quanto envelheci fingindo não amar

Eu, tentando costurar o meu coração partido

Furei um dedo. desde então, não paro de sangrar

Neste quarto infinito, estou à beira de me afogar

é tanto tédio, que é um milagre eu já não ter morrido

E estes pensamentos, por mais que não me afetem

É tudo exagero, tudo distorcido. Eles me repetem.

Não se esvanescem e embalharam-me a mente

E esta sensação de não poder explicar o que se sente

Paraliza-me. Me impede de seguir em frente

Tempestade! tenho vontade que teus raios me acertem

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 18/05/2010
Reeditado em 19/05/2010
Código do texto: T2265498
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