Chuva e tempestade
Sob a chuva eu disse-lhe – “Eu vou te deixar”
Hoje eu não podia estar mais arrependido
Mas até agora eu não havia percebido
O quanto envelheci fingindo não amar
Eu, tentando costurar o meu coração partido
Furei um dedo. desde então, não paro de sangrar
Neste quarto infinito, estou à beira de me afogar
é tanto tédio, que é um milagre eu já não ter morrido
E estes pensamentos, por mais que não me afetem
É tudo exagero, tudo distorcido. Eles me repetem.
Não se esvanescem e embalharam-me a mente
E esta sensação de não poder explicar o que se sente
Paraliza-me. Me impede de seguir em frente
Tempestade! tenho vontade que teus raios me acertem