Lunático

Rasga a araponga o seu canto, exótico

Trinca férreo timbre o barulho, metálico

Num cenário calmo vespertino, bucólico

O local ensombreado, tranquilo, apático

Quebrando agônico silêncio, melancólico

No seu grito de estridente tinir, robótico

Do pássaro feio, esquisito, estrambótico

Premente no toar intermitente, diabólico

A completar o quadro o ente, cadavérico

Titubeia na alameda horrendo, caquético

Com um hálito podre, insuportável, etílico

Inserido num mundículo hermético, gótico

Ébrio, extra galático, ansiolítico, alcoólico

Seu hábito patético sorumbático, Caótico

Valdívio de Oliveira Correia Júnior, 18/05/10

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Caros amigos! Este texto é o resultado de um desafio

feito por minha irmã, Pedagoga, licenciada em Letras Verná-

culas pela UFBA, que ao ler meu último texto "Tarântula"

Percebeu que as rimas são todas em proparoxítonas, que

Segundo ela, são palavras um tanto raras, duvidou que eu

fizesse outro soneto, usando proparoxítonas diferentes num

contexto gótico e bucólico. Bem! Eu até que tentei, o resul-

tado está aí, espero que gostem, se não, podem criticar!!

Abraços! Muita paz!

Juninho Correia

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 18/05/2010
Reeditado em 18/05/2010
Código do texto: T2265341
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