A FLOR E O COLIBRÍ /

Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco) (1º)

O viço rubro das pétalas convidava

o solitário e fluorescente colibri

que em pleno voo estacionara ali

embriagado no fascínio que avistava.

Daquela flor que emanava essência,

fora, encantado, se chegando aos poucos

e os dois, a flor e ele, como loucos

beijaram-se ardentes de carência.

A pobre flor tão bela e solitária

entre a folhagem verde a sós brotara

e ali ficara a pedir amor.

Mas não tardara, com sua cauda leque,

parando em pleno voo, qual moleque,

o colibri para amar a flor.

"https://www.clubedeautores.com.br/book/212294-M-O-M-E-N-T-O-S"

Carlos Celso
Enviado por Carlos Celso em 18/05/2010
Reeditado em 16/06/2021
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