A FLOR E O COLIBRÍ /
Carlos Celso-CARCEL (Pernambuco) (1º)
O viço rubro das pétalas convidava
o solitário e fluorescente colibri
que em pleno voo estacionara ali
embriagado no fascínio que avistava.
Daquela flor que emanava essência,
fora, encantado, se chegando aos poucos
e os dois, a flor e ele, como loucos
beijaram-se ardentes de carência.
A pobre flor tão bela e solitária
entre a folhagem verde a sós brotara
e ali ficara a pedir amor.
Mas não tardara, com sua cauda leque,
parando em pleno voo, qual moleque,
o colibri para amar a flor.
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