METALINGUAGEM [CCVII]

Não garatujo linhas ao que meço;

rabisco apenas por questão endócrina.

À óptica de lente muito hipócrita,

rogo que me não leia..., oh, se peço!

Rejeito olhares vãos de confraria

sobre simplórios riscos meus, fascículos,

na verdade fragmentos tão ridículos

do que me vem ou vai ao dia a dia.

Esquivo-me do mal me acontecer;

enfim, escribas de cordéis sem ponta,

gurus e mestres tão dos aluados.

Com Marx e Bakunine, tudo a ver,

que o mais evito, nem sequer me conta

– papéis só sujos, lá num cesto alçados.

Fort., 18/05/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 18/05/2010
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