Dedico este poema à Eliana Shueler, grande Escritora e amiga querida de muitos anos, como presente de aviversário, que fará no próximo dia 21 de maio. Meu beijo afetuoso.
NO MEIO DA SOLIDÃO
Na noite que desfaz em branco lume,
quando o ar frio vem romper a madrugada,
o inverno se aproxima em caminhada,
já esparzindo de leve seu perfume.
Ondas nebulosas cruzam os mares
que revoltas, brincam com as manhãs.
Nem se importam com as ilusões vãs,
voantes, com os ventos e seus cantares.
Sinto um semblante no ar entristecido,
quando as roseiras choram manhãzinha,
por gotas de um orvalho frio, esmaecido...
E entre folhas que correm pelo chão,
alma onde mora a inspiração minha,
adormece no meio da solidão.