*MEMÓRIA

Trago na memória do meu luar
Luar que olhos não vão encontrar
Selva de pedra de luz embutida
Rio corrente, só mar, e alarida.

O ar correndo sem um empecilho
Balançando o plantio do milho
Música nas folhas dos carnaubais
Gorjeio de aves nas madrugais.

Que banho na água em abundância
Perece correnteza em vigilância
Esperando pernas hábeis a nadar

Corpo e alma entregue na nudez
Sem o olhar tirano do cortês
Prestes a atrair a caça pra saltar.
                                  sonianogueira

 
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 17/05/2010
Reeditado em 27/11/2021
Código do texto: T2262765
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