Quebra-cabeça
Quebra-cabeça
Singrando minhas veias em burburinho
Dançando num ritmo descontrolado
Sinto o rubro encantamento dourado
Da paixão que se sorve como vinho
Como um lobo do mar em desalinho
Mostra-se como deserto enluarado
Trilhando o inóspito leito apresentado
No solitário coração sem carinho
O pulsar selvagem do sangue sem querer
Traz imagens e desejos em vendaval
Que invadem minh’alma num golpe fatal
Vidas opostas formam um quebra-cabeça
Sem que encaixe de peças aconteça
Nos doces sonhos que um dia sonhei viver.
Norma Bárbara