AMOR À ARTE

AMOR À ARTE

Visto molambos, crista baixa, machucado,

sobre muletas andava minha autoestima.

Cismava que do amor fiz minha obra-prima

amara descoberta – sequer eu fui amado.

Amor é um todo, como há na folha da lima

o perfume qual do mesmo fruto emanado.

Esse amor é alento, reconforta; é sagrado;

base e suporte que o prédio da vida arrima.

Mas, ah! surge um anjo lindo que a arte enobrece,

(o corpo do seu poeta ele nem conhece!)

só vê alma neste semeador de ilusões.

... ele viu minha obra; e leu minha poesia

sentiu algo no peito que sua alma extasia

e agora existe um só lema em dois corações.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 16/05/2010
Reeditado em 16/05/2010
Código do texto: T2260049
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