Tarântula

Do alto de uma caótica pérgula

Avista-se o guardião do túmulo

Sob subserrata pétrea plântula

Incrustrada, tal tétrica gárgula!

E essa feia, horrenda tarântula!

Enlaça numa teia seu tentáculo

Pra alcançar em sua mandíbula

Sorver, como néctar, furúnculo!

Ostentar a cadavérica cranícola

Dum pútrido sangue em pústula

Da artrópode, ferida carbúncula

Oito olhos, a demoníaco oráculo

Quais rutilam, uma fétida fístula,

Guardiã do nefasto tabernáculo!

Valdívio Correia Júnior, 16/05/10

Juninho Correia
Enviado por Juninho Correia em 16/05/2010
Reeditado em 15/02/2024
Código do texto: T2259806
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