Tarântula
Do alto de uma caótica pérgula
Avista-se o guardião do túmulo
Sob subserrata pétrea plântula
Incrustrada, tal tétrica gárgula!
E essa feia, horrenda tarântula!
Enlaça numa teia seu tentáculo
Pra alcançar em sua mandíbula
Sorver, como néctar, furúnculo!
Ostentar a cadavérica cranícola
Dum pútrido sangue em pústula
Da artrópode, ferida carbúncula
Oito olhos, a demoníaco oráculo
Quais rutilam, uma fétida fístula,
Guardiã do nefasto tabernáculo!
Valdívio Correia Júnior, 16/05/10