VELHA HISTÓRIA

Por adultério, o esposo, a esposa, um dia,

Do Tribunal às barras leva, crente,

Para castigo ao crime repelente,

Nas sábias tramas da advocacia!

E eu que – ao casal – de consultor servia –

Fui chamado a depor rapidamente...

E vendo o pobre esposo tristemente

E a esposa que em pudor se consumia,

E ela co´a longa cabeleira solta,

Lábios cerrados, colo nu, revolta,

Pensando num seu ídolo qualquer,

Nada pude fazer, pois, horas antes –

Eu provara na alcova dos amantes,

Os beijos bacanais dessa mulher!...