13 de Maio
Formalidade! Nada mais! Sei disso!
Abolição?! Se tantos são escravos?
Milhões de negros sofrem vis agravos,
e morrem, feito moscas (dão sumiço).
Oh! Liberdade! Onde está teu viço?
Onde teu véu? O doce mel no favo?
Onde Zumbi, guerreiro forte e bravo?
Palmares vive ainda no cortiço.
Desigualdade! A luta continua,
e só se vê violência pela rua,
e matam tantos negros na prisão.
A realidade fere mais que pua.
Oh! Castro Alves! Não te cales não!
Os negros não saíram do porão.
Brasília, 13 de Maio de 2010.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 49
tela: Portinari
Formalidade! Nada mais! Sei disso!
Abolição?! Se tantos são escravos?
Milhões de negros sofrem vis agravos,
e morrem, feito moscas (dão sumiço).
Oh! Liberdade! Onde está teu viço?
Onde teu véu? O doce mel no favo?
Onde Zumbi, guerreiro forte e bravo?
Palmares vive ainda no cortiço.
Desigualdade! A luta continua,
e só se vê violência pela rua,
e matam tantos negros na prisão.
A realidade fere mais que pua.
Oh! Castro Alves! Não te cales não!
Os negros não saíram do porão.
Brasília, 13 de Maio de 2010.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 49
tela: Portinari