PARTO POÉTICO


Nasce a poesia em parto num papel,
um parto que o parnaso assiste e usa,
cheirando a rosas, doce como mel,
quando o poeta desse parto abusa.

Um parto pelas mãos de um menestrel
após a gestação d’alguma musa,
composição de letras num pincel
com nuanças que o feto não recusa.

Nasce a poesia, ainda ao ventre presa
e, de repente, em versos se projeta
sobre o berço blasfemo da beleza.

Em parto num papel, sem rumo ou meta,
nasce a poesia, fruto da leveza
do sonho casto e puro de um poeta!

Odir, de passagem
JPessoa, 11.05.2010
 
oklima
Enviado por oklima em 11/05/2010
Reeditado em 26/05/2010
Código do texto: T2251501
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