PARTO POÉTICO
Nasce a poesia em parto num papel,
um parto que o parnaso assiste e usa,
cheirando a rosas, doce como mel,
quando o poeta desse parto abusa.
Um parto pelas mãos de um menestrel
após a gestação d’alguma musa,
composição de letras num pincel
com nuanças que o feto não recusa.
Nasce a poesia, ainda ao ventre presa
e, de repente, em versos se projeta
sobre o berço blasfemo da beleza.
Em parto num papel, sem rumo ou meta,
nasce a poesia, fruto da leveza
do sonho casto e puro de um poeta!
Odir, de passagem
JPessoa, 11.05.2010
Nasce a poesia em parto num papel,
um parto que o parnaso assiste e usa,
cheirando a rosas, doce como mel,
quando o poeta desse parto abusa.
Um parto pelas mãos de um menestrel
após a gestação d’alguma musa,
composição de letras num pincel
com nuanças que o feto não recusa.
Nasce a poesia, ainda ao ventre presa
e, de repente, em versos se projeta
sobre o berço blasfemo da beleza.
Em parto num papel, sem rumo ou meta,
nasce a poesia, fruto da leveza
do sonho casto e puro de um poeta!
Odir, de passagem
JPessoa, 11.05.2010