PEQUENINA MORTE
Embaixo da cumeeira de uma casa abandonada,
Vejo um filhotinho de pardal despenado sem vida...
De nada lhe valeu seu par de asas durante a caída,
Que sem a boa sorte, fez da morte próxima morada.
A dor que me invade é tamanha, me entristece a alma,
Será um chilrear a menos em todos os dias de alvorada;
Uma algazarra de felicidade que ao vê-los nos acalma,
A vida seria muito triste sem essa linda passarinhada.
Fico a olhar o pobre passarinho que despencou do ninho,
E torcendo para que lá no telhado tenha um irmãozinho,
É nessas horas que nos imaginando grandes e fortes...
Nós percebemos que este mundo real e tão pequenininho,
Que luta pela sobrevivência..., nos mostra em seu cantinho,
A impotência que temos diante da fatalidade das mortes.