PEQUENINA MORTE

Embaixo da cumeeira de uma casa abandonada,

Vejo um filhotinho de pardal despenado sem vida...

De nada lhe valeu seu par de asas durante a caída,

Que sem a boa sorte, fez da morte próxima morada.

A dor que me invade é tamanha, me entristece a alma,

Será um chilrear a menos em todos os dias de alvorada;

Uma algazarra de felicidade que ao vê-los nos acalma,

A vida seria muito triste sem essa linda passarinhada.

Fico a olhar o pobre passarinho que despencou do ninho,

E torcendo para que lá no telhado tenha um irmãozinho,

É nessas horas que nos imaginando grandes e fortes...

Nós percebemos que este mundo real e tão pequenininho,

Que luta pela sobrevivência..., nos mostra em seu cantinho,

A impotência que temos diante da fatalidade das mortes.

Setedados
Enviado por Setedados em 11/05/2010
Reeditado em 30/03/2011
Código do texto: T2249572
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