Acalanto eterno
Vejo-a como uma Elemental da natureza,
Uma ninfa que habita os rios, os bosques,
Os montes e as selvas para na tua pureza
De divindade manter a vida inteira intacta...
Mas como te abraço em tuas raras aparições?
Se tu pareces feita de energia, visão dos céus!
E, aproxima-se de mim em leves respirações,
Que não percebo quando te largo os arpéus.
Ah, como peço a Deus para neste sonho viver,
A nossa existência em júbilo eterno e perene,
Que seja então como uma árvore a crescer...
Em teu jardim secreto, teu cálido remanso,
Onde as flores despertam no raiar do dia,
E eu quem sabe possa sombrear-te o descanso.