Pelo medo da dor
Às vezes eu me pego,
Tendo medo do amor,
Medo do meu sentimento,
Me fazer refém da dor.
Algemada numa esperança,
Que não passe de ilusão,
Ateada à lembrança,
De acabar na solidão.
Penso então em não deixar,
Que não me consuma o amor,
E sem nem pestanejar,
Me anulo desse ardor,
Ignorando o meu pulsar,
Afastando-me de um desamor.