Espelho de minh’alma
Espelho de minh’alma
Tremulando a folha seca segue o rio
Como bailarina em palco ausente
Na mansidão das águas complacentes
Faz-se espelho de minh’alma no vazio
A dor desliza no meu rosto sombrio
Desnudando a solidão inclemente
Num grito silencioso assaz indiferente
Parecendo vela derretida sem pavio
Onde está o encantamento de outrora
Risadas, abraços e beijos a toda hora
Nuvens carregadas com chuva de emoção...
Destino cruzado, sem porto, a revelia
Num cais ilusório de piso de pau torto
Acorrentado por fragmentos de ilusão.
Norma Bárbara