Espelho de minh’alma

Espelho de minh’alma

Tremulando a folha seca segue o rio

Como bailarina em palco ausente

Na mansidão das águas complacentes

Faz-se espelho de minh’alma no vazio

A dor desliza no meu rosto sombrio

Desnudando a solidão inclemente

Num grito silencioso assaz indiferente

Parecendo vela derretida sem pavio

Onde está o encantamento de outrora

Risadas, abraços e beijos a toda hora

Nuvens carregadas com chuva de emoção...

Destino cruzado, sem porto, a revelia

Num cais ilusório de piso de pau torto

Acorrentado por fragmentos de ilusão.

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 09/05/2010
Reeditado em 09/05/2010
Código do texto: T2246139
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