Eu tenho um mundo de ternura,
Envolto em lenço de cambraia,
Dobrei-o nos quatros cantos
Para que a ternura não se esvaia!
Foi numa caixinha de prata,
Onde singela a guardei,
Perdi a chave, em certa data,
Nunca mais a encontrei!
Meus olhos perderam a graça,
Que a idade não perdoa e passa,
Fiquei triste e amargurada,
Sem poder a caixa abrir,
minh' alma deixou de sorrir,
E perece fria no nada!