O MEDO

 

O medo que às vezes me amedronta

É fruto de meu ser desnorteado.

Um gosto de fracasso, algo salgado,

Conquanto deva ser levado em conta.

 

Não há que se ter medo do passado

Que em nós se esconde e nos afronta.

E com nosso bom senso se defronta

Por mais que se houvera desligado.

 

O medo enfraquece o consciente

Abala o equilíbrio da mente

Despindo-nos à luz da insensatez.

 

E em nossa estrutura, predomina,

Um elo de loucura que alucina

Como se fora o caos da embriaguês!