CARLA... A COLHER ROSAS!

No jardim, confundida com a flora,

Perdida em devaneios, a mui bela

E mui angelical: Carla! não vê a hora

Passar... A colher rosas: tão singela...

Ao pôr no cesto as rosas se revela

Moça de gestos leves, e enamora

Poeta que sem querer vê da janela

A delicada cena que a alma arvora.

Nasce então, espontâneo e mui inspirado

O poema, como um quadro que desenha

Carla... A colher rosas: puramente...

Poema com um efeito diferente:

Pois, tem cheiro da Rosa que se embrenha

No coração do poeta: apaixonado!...

(Alexandre Tambelli, para Carla, São Paulo, 17 de maio de 2008 - 21:55h).

Talvez, o Poema seja uma simples força do mais íntimo de nosso ser, um sopro de Deus inaugurando uma comunicação entre a alma apaixonada e mundo da Poesia. Eu canto o poema sem arroubos, não supervalorizo o vocabulário erudito, nem a escola da técnica absoluta, não supervalorizo qualquer academicismo e distanciamento com quem lerá o que escrevo. Subtraio o difícil, contrario os conceitos mais objetivos que disserem ser o caminho do Poético, elimino o medo e cuidadosamente, porque amo o ofício de escrever, eu vou... Sendo eu partidário do simples, com delicadeza, mostro meu canto, sem pressa, sem altos e baixos, na cadência de uma melodia uníssona e harmonizada pelos sentimentos bons! Poesia e Amor à Poesia são indissociáveis... O poeta é a própria Poesia acordada no poema... O poeta não vive sem a Poesia e a Poesia precisa do seu interlocutor, um emissário de Deus... Para o poema nascer!

Fiquemos com Deus, amigos e amigas Recantistas,

Abraços e Beijos,

Alexandre!