DESOLAÇÃO
DESOLAÇÃO
Oh, que pena! me sinto um menino perdido, e triste,
em meio aos desertos que a vida oferece.
E a tristeza que em minha infeliz alma cresce
fruto é do que nem começou e já não existe.
Quando a alma se sente assim, o copo padece.
É a carência unida ao amor, se resumisse;
são pecados que pagamos com a velhice;
é o topo de glória que a nossos pés fenece.
Se os anjos aqui na terra já não têm asas
por que apostamos neles todas nossas vasas?
É difícil saber. Damos culpa à carência.
Se algum dia houverem valores verdadeiros,
me avisem. Tirarei minha nau do estaleiro
para velejar sob as ordens da prudência.