***Permissão pra renascer***
(soneto)
Nem sabe porque, pressente um instante nublado.
Flertando com a estéril imensidão do invisível
Intenso são os anseios que conspiram obstinados
Mas não predizem, nem suplantam o impossível.
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A sua volta, identifica limites do desassossego.
Nas suas andanças fecha os olhos, redesenha, dilui.
Os seus sentidos numa resenha de sutis enredos
Pautando receios, desperta frases no sonho que flui.
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Não imagina profana esta ânsia que lhe toma espaço
E tão perdida, condiciona-a a momentos de ventura.
E após, febril,muda, retorna onde deixara o cansaço.
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Sanciona penas que o coração clama e tenta esconder
Arremessa a seus domínios, atos cativos da ternura.
À envidar agruras que obscurecem a sede do renascer!
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01/05/2010