Ante do retrato de minha mãe, Ângela Milanez Cunha Lima
MÃE!
És os braços do mar, em pleno estol,
percorres o meu corpo quando és vento,
das sombras de meus medos és o sol,
o instante que inspira o meu momento.
Da luz que me ilumina és o farol,
o canto que me causa encantamento,
a voz que me recorda o rouxinol,
a dor que passa por meu pensamento!
És o extremo intrínseco d’ausência,
a presença primaz do ser distante,
a concessão concreta do abstrato.
Ó minha mãe, imagem da inocência,
acolhe o pranto meu no doce instante
em que sorris teu riso num retrato!
Odir, de passagem
01.05.2010
MÃE!
És os braços do mar, em pleno estol,
percorres o meu corpo quando és vento,
das sombras de meus medos és o sol,
o instante que inspira o meu momento.
Da luz que me ilumina és o farol,
o canto que me causa encantamento,
a voz que me recorda o rouxinol,
a dor que passa por meu pensamento!
És o extremo intrínseco d’ausência,
a presença primaz do ser distante,
a concessão concreta do abstrato.
Ó minha mãe, imagem da inocência,
acolhe o pranto meu no doce instante
em que sorris teu riso num retrato!
Odir, de passagem
01.05.2010