Marcado
Desnudo esse dever dito direito
De partilhar de mim mais do que aceito,
Percebo ainda alguns pedaços nossos
E agora, as dores jorram de dois poços.
Mais sujo da amargura cristalina,
Assumo a tatuagem da menina
Ferida autoinfligida, consciente,
No entanto, a sombra não me sai da mente.
Se arrisco, sei: não me pertenço tanto
Por isso, bem prefiro aqui, o meu canto
Que outra tatuagem, assim, tão cedo,
Vai me fazer partir de mim em mil medos.
Percebo, pois, nas rachaduras dadas
Felicidades superestimadas.