VELHO CONTADOR JÁ CENTENÁRIO
Eu me silencio claro e azul solar!
No recôndito lar do imaginário
Procuro minha amada e, visionário,
Avisto-a colorida, leve a voar
Sobre as curvas do arco-íris no meu ar.
Sou velho contador já centenário
De histórias do meu mundo "vasto e vário".
Seria eu fabulista deste amar?
Vejo-a dançar na cauda do cometa
De fogo e, arde este olhar de fantasia
A transformar a lágrima sozinha
Numa chama de luz que me prometa
Nascer: da imensidão, numa Poesia,
Cura p´ra solidão que se adivinha.
(Alexandre Tambelli, para Carla, São Paulo de 03 de dezembro de 2005 - 11:55h)