A FELICIDADE [CCIII]
Não precisa cobrar que nos visite;
ela vem sempre a um com liberdade.
Causa efeito explosivo e que permite
mais querermos a tal felicidade.
Este bem faz papel de dinamite,
detonada na gente, de verdade;
quebra arestas, e mima, e dá palpite
a que à vida se ponha amenidade.
Mas a felicidade – tão sonhada –,
total, somente em nós se faz morada
quando a fisgamos firme pela cola.
Estroina algum, no vau da realidade,
sem volição vai ter felicidade,
como aos seus pés o atleta leva a bola.
Fort., 29/04/2010.