RIMAS DE ARRIMO

Quando, de leve, meus pés calcaram um duro chão

De tênues pétalas das primaveras, desprendidas...

Enquanto a vida seguia, só, na contramão,

Fui de poesia...pela trilha pretendida.

Quando meus pés chegaram ao último destino...

Que a seu despeito, também tive que trilhar!

Quando em declive busquei por rimas de arrimo

Foi na poesia que pude me segurar.

E no trajeto dum destino pecorrido

De falsos trilhos, tantos a descarrilar!

Por entre versos dos dormentes do caminho

Silentes rimas...eu, então, pude cantar.

Pelas janelas das paisagens passageiras,

A derradeira poesia a me esperar.

NOTA:

(Em agradecimento aos meus turbilhões

pelo possível poema.)