Noite fria...

A noite é fria e fria está minh'alma,
insone choro o amor, que foi-se embora,
não sei o que fazer de mim agora,
tornei-me pura dor, que em mim se espalma...

Dorida tento, em vão, manter a calma,
e em meio ao pranto e a dor, eu vejo a aurora,
E já não sou também, de mim, senhora...
E nada me consola , nem me acalma...

E tua sombra, ao longe, já se evade,
E o frio n'alma minha não minora,
Não tenho mais guarida, nem esteio

Tornei-me um mar de pranto, dor, saudade...
Saudade que, faminta, me devora,
Na noite fria e triste, só, pranteio...
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/04/2010
Código do texto: T2222083
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