Eu, poesia

Brota e grava, à deriva, a palavra

Que inspirada em um verso ensaia

Qual dançarina, no papel, tocaia

E o soneto do inspirado encrava

Hermafrodita mente que fertiliza

Papel, berço que o poema apara

Leitor, obstetra que a beleza apura

Traduz as nuvens que o autor visa

a literatura cicatriza papel e alma

em versos o poema amor convence

quando em ódio, a alma acalma

que o lirismo o amor apense

surja e ocupe a saudade vazia

e revele o por que da poesia

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 26/04/2010
Código do texto: T2220331
Classificação de conteúdo: seguro