Sonetando

.:.

Eis que’screvo no meu próprio silêncio.

E silencio improvisados mundos.

Se contradigo e prezo o óbvio consenso,

eu sofro intenso sonho moribundo.

Sei que os abismos sentenciam morte.

Que da imaginação brotam horrores.

Sei que só a desgraça do meu consorte

tem o fulcro intempestivo de amores.

Em cada uma das experiências minhas

as lentes enxergam em pleno zoom,

revelando meu terror temporal.

Sinto o sofrimento das torpes rinhas;

o ronronar gatuno do homem mau...

Transitando para lugar nenhum.

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 25 de abril de 2010.

22h30min

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 25/04/2010
Reeditado em 25/04/2010
Código do texto: T2219702
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