PROCURANDO

A minha alma entendiada resmunga e soluça

Na amarga solidão, tão eternas e iguais...

Junta-se a saudade, me abraça e aguça

O tempo já passado com suas marcas naturais.

Me perco em pensamentos até altas horas

Procurando dormir e descansar a cabeça,

Mas o sono não chega! Tu, madrugada, devoras

Os meus ais na fome de ter minha presença.

Gostas de estar comigo! Ver meus olhos fundos,

Cansados de olhar as paredes pobres e cruas

Onde pintei a minha dor e gemidos profundos.

Não sou o passado! Sou um ser vivente!

Estou apenas procurando as doces criaturas

Para ensinar-me a sorrir conscientemente.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 25/04/2010
Código do texto: T2219239