Tardezinha do sertão
A tardezinha faz a última carreata,
E o verdejante bordado vai sumindo,
A noite vem, e o coqueiro não desata,
Debaixo do pequizeiro seco e rindo.
A palmeirinha se arreganha e dá palmas,
E o pequizeiro revida firme e seco,
Com suas majestades no ápice: são almas,
Ele não cai mesmo morto não faz beco.
E os urubus-rei cabeça de urucu,
Observam tudo e todo o continente,
Até a vazante do Rio Itapecuru.
Erige sentinela por todo o meu sertão,
Com terno preto e agasalhado lá no alto,
Observa até quem morreu do coração.
A tardezinha faz a última carreata,
E o verdejante bordado vai sumindo,
A noite vem, e o coqueiro não desata,
Debaixo do pequizeiro seco e rindo.
A palmeirinha se arreganha e dá palmas,
E o pequizeiro revida firme e seco,
Com suas majestades no ápice: são almas,
Ele não cai mesmo morto não faz beco.
E os urubus-rei cabeça de urucu,
Observam tudo e todo o continente,
Até a vazante do Rio Itapecuru.
Erige sentinela por todo o meu sertão,
Com terno preto e agasalhado lá no alto,
Observa até quem morreu do coração.