SOU UMA FRAUDE

SOU UMA FRAUDE

Venho das “recônditas moneras”,

Convivo há tanto tempo com o nada.

Se o mundo está cheio de feras,

Sou uma fraude para a mulher amada.

Percebo em minha vida duas estações,

Em uma procuro por todo tempo a fada.

Nem sei como passei por tantos verões,

Achava-me o máximo, não sou nada.

Procuro sair de meu calvário, meu inferno,

Sem saber como sair dele, talvez me mude.

Que venha logo o mais longínquo inverno.

Talvez no dia de embarcar no ataúde,

De novo aproximo do colo materno.

Quando me convencerei, sou uma fraude.

Goiânia, 23 de abril de 2010.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 23/04/2010
Código do texto: T2215295
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.